sexta-feira, 3 de julho de 2009

Combatendo o Abuso Espiritual

As ferramentas necessárias para se confrontar o abuso religioso devem ser as seguintes:

Tome cuidado com frases do tipo “você ainda não está na nossa visão”: Não aceite nada que você não possa questionar, querer entender o porquê. A principal heresia que ameaçou a fé foi o gnosticismo que lidava com mistérios, ou seja, verdades que não se podem cogitar entre os humanos. Paulo insistiu em Romanos 12 que o culto cristão é racional.
Não aceite o milagre pelo milagre: Deus não tem necessidade de provar-se, de mostrar que é Todo-Poderoso. Quem precisa mostrar-se é o Diabo, que precisa, o tempo todo, reivindicar o que não é.
Tenha discernimento: Discirna quando se busca a glória de Deus e quando se enaltece a pessoa, basta observar o que se fala no púlpito, auto elogiar-se, segundo Provérbios é vergonhoso, divulgar o quanto se é importante para o projeto de Deus é perturbador.
Perceba se o programa é mais importante que as pessoas: Igrejas que têm uma agenda e saem à caça de gente para fazer a máquina funcionar, corre sérios riscos. A igreja instituição não pode ter agenda, as pessoas sim e a igreja é facilitadora de dons e ministérios.
Observe os propósitos: Anote se as propostas são compulsivas, frases do tipo: “Vamos ganhar o mundo”, ou “vamos ter uma explosão de milagres”, ou, “depois de nosso projeto a história mundial será outra”.
Já sentiu constrangimento ao levar um amigo? Coloque-se no lugar de uma pessoa “do mundo” que visita sua comunidade. Paulo usou desse argumento quando disciplinou o uso de línguas estranhas. Como se sentiria alguém com um senso crítico mais apurado diante do que acontece aqui? E se meu professor da universidade quiser visitar minha igreja?
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade”. 2 Timóteo 2.15
Veja sinais de ostentação:
vaidade, riqueza e mudanças comportamentais do líder à medida que seu ministério se expande e sua reputação corre de boca em boca. Ele ficou intocável?
Você tem medo do líder? Tem medo de que ele possa orar e sua vida ser prejudicada? E se ele se tornar seu inimigo?
Observe as atitudes na prática: Ele se comporta com indiferença diante da luta das pessoas? Dá as costas aos mutilados? Qual a resposta que ele dá para a mulher desesperada porque foi abandonada pelo marido e está sem casa e desempregada? Como ele se aproxima do pai de uma criança com paralisia cerebral? Será que na frente dessas pessoas ele se mostra caloroso mas ao sair dali não perde o costume de criticar dizendo: “já estava na minha hora de ir e essas pessoas não me largavam” ou “está desempregada porque não quer trabalhar”.