quinta-feira, 22 de julho de 2010

Religiosos condenam uso de camisas da seleção brasileira

Imagem da cruz no símbolo CBF levou líderes religiosos muçulmanos a condenar uso da camisa da seleção brasileira na Malásia

Imãs dizem que muçulmanos não devem vestir roupas com imagens da cruz cristã. Vários imãs (líderes religiosos) da Malásia disseram nesta quarta-feira (21) que os muçulmanos não deveriam vestir a camisa da seleção brasileira de futebol, assim como as de outras seleções e clubes, por que os uniformes exigem imagens da cruz cristã, fato que supostamente contraria a religião islâmica.

Para os religiosos, as camisas de Portugal, Sérvia, Noruega e do clube espanhol Barcelona deveriam

Imagem da cruz no símbolo CBF levou líderes religiosos muçulmanos a condenar uso da camisa da seleção brasileira na Malásia
ser proibidas pelo mesmo motivo.

Outra camisa condenada é a do clube inglês Manchester United, por causa da imagem do diabo vermelho, símbolo do time, que tem seus jogadores chamados de “red devils”.

Nooh Gadot, um imã influente do Estado de Johor, sul da Malásia, disse à agência France Presse que os uniformes são “perigosos”.

- É muito perigoso. Somos muçulmanos e não deveríamos idolatrar os símbolos de outras religiões ou do diabo.

Para Gadot, não há razão alguma para que muçulmanos da Malásia vistam as camisas, ainda que por motivos esportivos.

- É algo que desequilibra a nossa fé. Como muçulmanos, não há razão alguma para usarmos essas camisas, mesmo que isso seja feito por razões esportivas ou estéticas. Mesmo que seja um presente, temos que rejeitá-lo.

O imã, afirmou, no entanto, que não existe uma “fatwa” (orientação legal feita por um especialista na lei islâmica) contra as pessoas que vestem essas camisas.

Harussani Zakaria, outro imã do Estado de Perak, no norte do país, tem a mesma opinião, e citou a camisa do Manchester United como exemplo.

- Parece evidente que o Islã não autoriza o uso desse tipo de roupa. Os diabos são nossos inimigos. Para que então exibirmos sua imagem ou fazermos publicidade?


Fonte: AFP
---------------------------------