quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Igrejas luteranas deixam IELA por causa de decisão de ordenar pastores gays

Várias congregações da região central do estado de Illinois saíram da Igreja Evangélica Luterana da América. Essa saída mais uma vez frisou como a decisão da denominação de aprovar pastores homossexuais provocou um escoamento lento e constante de congregações.

Um ano atrás neste mês em sua convenção nacional, a IELA votou “para abrir o ministério da igreja aos pastores gays e lésbicos e outros funcionários profissionais que vivem em relacionamentos de compromisso”.

A reversão de suas normas internas foi decidida por mais de 100 votos — 559 a favor a 451 contra; mas desde a votação a IELA está perdendo membros e congregações.

De acordo com o jornal News-Gazette de Illinois, pelo menos mais três igrejas iniciaram o processo de deixar a IELA, que afirma ter 10.400 congregações e 4.6 milhões de membros batizados. Sob as normas da IELA as congregações que desejam se desligar precisam realizar duas votações aprovadas por dois terços da maioria para sair, com um período de consulta de 90 dias com o bispo local agendado entre as votações. A congregação corta oficialmente os laços com a denominação com a aprovação da segunda votação.

A revista noticiou que no fim de junho, 462 congregações haviam feito sua primeira votação para sair da IELA, com 312 adotando a resolução. Dessas, 196 congregações fizeram sua segunda votação, com apenas 11 congregações optando por não sair da IELA.

Os pastores de três igrejas luteranas em Illinois disseram ao News-Gazette que estavam deixando a IELA por causa de preocupações com o fato de que a denominação não estava mais sendo fiel à base bíblica do ensino da Igreja, principalmente no que se refere aos ensinos sobre o pecado e salvação.

O Rev. Jeffray Greene, pastor da Igreja Luterana Americana de Rantoul, onde 94 por cento de sua congregação votaram para sair, disse para o News-Gazette que sabia por sua experiência na época de seminário que os defensores da teologia homossexual estavam determinados no começo da história da IELA a mudar o ensino da denominação.
“Vinte sete anos atrás, quando eu estava no seminário (Seminário Teológico Luterano do Pacífico em Berkeley, Califórnia), havia duas teologias incompatíveis sendo aceitas na IELA”, disse Greene. Ele acrescentou: “A IELA foi formada para ser o que é. Três caras gays que foram para o seminário comigo tinham isso como sua agenda”.

O Pastor James Lehmann da Igreja Luterana Immanuel em Flatville, onde 94 por cento também votaram para sair, disse para o jornal de Illinois que a IELA está enviando a mensagem de que há múltiplos caminhos para a salvação, em vez de apenas por meio de Jesus Cristo, e isso representa um problema insuperável.

“Penso que foi uma lástima que tivéssemos de fazer a votação”, disse Lehmann, “mas para ser fiéis à nossa fé, precisamos fazer isso”.

Algumas das congregações luteranas revelaram que estavam considerando ligar-se à Igreja Luterana Norte Americana (ILNA), que foi formada em resposta à decisão da IELA de ordenar pastores homossexuais. Há várias denominações luteranas conservadoras nos Estados Unidos, tais como a Igreja Luterana — Sínodo de Missouri, a Associação Americana de Igrejas Luteranas, a Associação de Congregações Luteranas Livres e outras.

Delegados da Igreja Luterana — Sínodo de Missouri em julho votaram para aprovar uma resolução elogiando dois documentos teológicos que declaram que a decisão da IELA de ordenar pastores homossexuais violentou as Escrituras Sagradas e relacionamentos estremecidos entre as duas igrejas, criando a impressão de que todos os luteranos dos EUA estão de acordo com a posição da IELA.

A ILSM também votou para fortalecer os esforços para promover fidelidade ao luteranismo confessional mundial como uma resposta clara à decisão da IELA.

Fonte: Life Site News
tradução Júlio Severo
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