Gerard Long (foto), diretor-executivo da Alpha EUA, fala na Igreja Presbiteriana McLean, Virgínia, 20 de outubro de 2010.Espera-se que cerca de 100.000 pessoas façam compromissos para Cristo este ano através do Curso Alpha amplamente popular.
Mais de uma década depois de ser apresentado aos Estados Unidos, o curso será mais uma vez utilizado pelas Igrejas de todo o país em que mais pessoas buscam respostas para as questões sobre Deus e o sentido da vida.
"Está começando a explodir em todo o país agora. As pessoas estão começando a entender isso," disse Gerard Long, diretor-executivo da Alpha EUA, em uma entrevista esta semana.
O Curso Alpha é uma introdução prática à fé cristã, onde os participantes se reúnem uma vez por semana durante 10 semanas para explorar a existência de Deus, seus propósitos, e quem é Jesus. O programa promove um ambiente amigável e descontraído, e é projetado para aqueles fora da Igreja.
Quando Alpha fez seu primeiro caminho para os estados em 1997 a partir de Londres, o curso foi muito popular, pois era visto como "o programa da nova Igreja no bloco," explicou Long. Mas Alpha estava sendo utilizada como uma classe de discipulado de 101 pessoas, para membros da Igreja. Mas, uma vez que todos os membros da congregação passaram por isso, as Igrejas acabaram com o curso e moveram-se para o próximo programa.
Eles eram "totalmente ausentes do coração de Alfa," disse Long de 52 anos. "É para aqueles que estão perdidos, que estão indo para o lugar errado da eternidade."
Após o surto inicial, a popularidade do Alpha caiu drasticamente. Foi apenas nos últimos dois anos que as Igrejas começaram a "pegar" e utilizar Alpha regularmente ao longo do ano para atrair os sem-Igreja.
"Nos últimos dois anos, temos dobrado de tamanho," disse o nativo do Reino Unido. "Estamos incentivando as Igrejas para realmente terem um novo olhar em como eles estão fazendo Igreja."
Foi há sete anos, que Long arrumou suas malas e mudou-se com sua família de Londres para os Estados Unidos. Ele era um alto executivo do HSBC, um dos maiores bancos do mundo, na época. Ele deixou o cargo em 2006 para juntar-se à Alpha EUA.
Francamente, foi uma decisão fácil para ele sair do HSBC, disse ele. O Cristão de longa data sempre teve sua carreira com ânimo leve e estava preparado para ir para onde Deus o conduzia.
Enquanto ele está animado com o crescimento do Alpha, ele está preocupado com o estado do Cristianismo na América.
"Quando eu estava em Londres, eu vi tragédias, realmente desoladoras... - Igrejas fechando e tornando-se templos budistas, mesquitas, casas e teatros. Absolutamente trágico. Agora, 50 por cento da Europa é atéia. É terrível, verdade, quando você vê o que aconteceu," lamentou.
"Eu venho para a América e vejo os mesmos sinais. Ouvi na semana passada, vai haver mais confiscos de Igrejas este ano do que nunca houve antes na história da Igreja da América," disse Long.
"A Igreja aqui é realmente um ponto de inflexão. Ela pode seguir o caminho da Europa ou [há] apenas uma pequena janela para pará-lo."
A trajetória do Cristianismo norte-americano pode ser revertida, disse ele confiantemente. Mas a Igreja deve voltar ao modelo de Jesus - o modelo de missão de "ir."
"A Igreja no Ocidente é um grande modelo de 'vir' enquanto o modelo que Jesus deu foi um "modelo" de ‘ir,’ disse ele.
E o Alpha ajudou Igrejas a facilmente adotarem o modelo "ir" de como chegar às pessoas que não conhecem a Jesus Cristo e conhecê-los onde eles estão.
"Quando ferver tudo para baixo, ele volta para o plano de Deus. Ele simplesmente nos ama tanto, quer um relacionamento conosco e quer através de nós alcançar o mundo. Ele veio buscar e salvar o que estava perdido," sublinhou Long.
"Realmente, o núcleo do Cristianismo é muito simples e o que é tão trágico é que nós o tornamos tão complexo e religioso. Isso afasta as pessoas," lamentou. "Nós paramos de saber apenas como nos relacionarmos com as pessoas que estão fora da Igreja. Nossa língua fica muito religiosa e temos nos tornados julgadores e preconceituosos e subestimamos as pessoas."
Como resultado, toda uma geração de 16 - a 29 anos de idade têm uma visão negativa dos Cristãos, ressaltou. Apenas 16 por cento têm uma visão positiva da Igreja. Se é o Cristianismo evangélico, apenas 3 por cento têm uma visão positiva, observou ele.
"Essa é uma geração inteira sendo perdida a menos que façamos algo a respeito."
Com a economia ruim, as calamidades naturais e tragédias na vida das pessoas, Long reconheceu que os jovens não vêem muita esperança quando olham para a frente.
Mas no meio do tumulto, Long ofereceu: "O Cristianismo é a única cosmovisão que aborda estas três perguntas - Quando viemos? Por que é essa bagunça tão grande no mundo? E para onde estamos indo?"
"Nós podemos dar respostas boas, sensatas, lógicas, razoáveis para isso," disse Long, que escreveu recentemente uma moderna parábola intitulada ‘The Breakthrough’ (A Ruptura) para os Cristãos usarem como uma ferramenta de evangelismo prático.
O Curso Alpha é uma maneira prática e suave de introdução de Jesus na vida de alguém, indicou Long.
"Dizemos para as pessoas 'no final do dia, as reivindicações do Cristianismo, os ensinamentos de Jesus são profundas. Apenas por uma questão de que isso possa ser verdadeiro, com certeza vale a pena gastar 10 semanas para investigar."
"Você seria um tolo se não, a partir apenas de pura lógica. Nós não colocamos pressão sobre as pessoas. Mas, pelo menos investigamos."
Desde a sua fundação no centro de Londres na década de 1970, mais de 15 milhões de pessoas em 169 países assumiram o Curso Alpha, incluindo mais de 2 milhões de pessoas nos EUA. Atualmente mais de 100 denominações, juntamente com as Igrejas católicas, estão executando o Curso Alpha.
Fonte: Christian Post
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