quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ex-pastor é suspeito de homicídio, estupro e tráfico de drogas no Pará

Detido em flagrante por tráfico de drogas, Cleonilson da Silva é acusado de estupro e dois homicídios

Um ex-pastor acusado de estupro e homicídio e foragido por tráfico de drogas foi preso ontem à tarde no bairro de Batista Campos. Cleonilson da Silva Santana Júnior, 46 anos, foi flagrado com cerca de 100 gramas de maconha. Levado à Seccional da Cremação, foi reconhecido por uma vítima que ele estuprou há um mês.

Policiais militares encontraram a droga dentro do short de Cleonilson, enquanto ele perambulava pelos arredores da praça Batista Campos. A abordagem foi feita depois que uma amiga da vítima de estupro reconheceu Cleonilson e pediu apoio da polícia. Só depois de levado à Seccional da Cremação, às 16 horas, foram confirmadas as pendências do acusado com a Justiça.

O acusado admitiu ser vendedor de maconha na praça da República e disse morar na rua, no bairro do Marco. Ele confessa ter cometido dois homicídios, motivo pelo qual foi preso no estado do Maranhão. Cleonilson conseguiu escapar da penitenciária de Pedreirinhas e voltou para Belém. No dia 22 de janeiro deste ano, segundo a acusação, ele abordou uma mulher na rua, também no bairro de Batista Campos, por volta das 7 horas. Apontou-lhe uma faca e mandou que ela tivesse atos libidinosos com ele. "Ele primeiro pediu R$ 10,00, depois apontou a faca, aí levou meu celular. Depois disso, disse para eu não gritar e me abusou", contou a mulher, que já havia sido estuprada em 2003, no bairro da Pratinha. Passados mais de sete anos, o trauma não estava superado. "O trauma na verdade voltou pior. Todo aquele medo e agonia", lamentou a vítima. "Mas quero agradecer o delegado (Aldo Botelho, diretor da Seccional da Cremação), que prometeu que pegaria o cara", disse. O primeiro estuprador não foi detido até hoje.

O delegado conta que a prisão de Cleonilson da Silva foi em flagrante por tráfico de drogas, uma vez que nem se sabia o nome do suspeito para que fosse pedida prisão preventiva pelo estupro.

Cleonilson explica que é apelidado de pastor porque ele já teve essa função durante a juventude, há mais de 20 anos. Há três anos ele se desviou da igreja, a Assembleia de Deus, e passou a vender drogas e se envolver em brigas, estas que resultaram em dois assassinatos. "Não lembro de ter estuprado, eu estava bêbado, inconsciente. Meu negócio é vender drogas e homicídio", alegou o acusado, assumindo ser viciado em álcool e outras drogas mais pesadas.



Fonte: O Liberal
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