segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Governo dos EUA pode ter representante para defender minorias religiosas no Oriente Médio

Uma organização cristã envolvida com o tema da perseguição a cristãos comentou e declarou apoio, em 22/2, à possibilidade dos Estados Unidos criarem um cargo de enviado especial do Departamento de Estado ao Oriente Médio e Sul da Ásia central para defesa dos direitos das minorias religiosas. O deputado Frank Wolf (foto) apresentou recentemente projeto de Lei com este objetivo no Congresso norte-americano. A entidade aproveitou a ocasião para reforçar o alerta para que a oração da igreja por cristãos perseguidos, e outras minorias religiosas, se intensifique, especialmente no Egito, Irã, Líbia, Afeganistão, Paquistão e outras áreas de conflitos.

Em comunicado divulgado à imprensa, a Portas Abertas norte-americana (Open Doors USA) relacionou alguns fatos a serem considerados pelos líderes missionários em suas orações e estratégias. Primeiro, relembrou que países como Irã, Afeganistão, Arábia Saudita, Maldivas, Iêmen, Iraque, Uzbequistão e Paquistão estão entre os 11 maiores perseguidores dos cristãos, de acordo com a lista de 2011 da organização em que são classificados os países segundo o grau de perseguição religiosa em seu território.

Segundo, tratou do momento histórico da região em que Egito, Iêmen, Tunísia e Líbia estão atraindo a atenção da mídia mundial nas últimas semanas, com os cidadãos nas ruas para protestar contra a falta de direitos humanos básicos e outras questões. Mas também mencionou que, no Egito, houve vários ataques contra os cristãos desde o Natal, e que no Ano Novo um homem-bomba matou 22 cristãos numa igreja em Alexandria. Além disso, de acordo com as portas abertas, mais de 120 cristãos iranianos foram presos desde dezembro, incluindo vários que costumam se reunir em uma casa para adoração.

O Oriente Médio inclui países como a Argélia, Bahrein, Egito, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Omã, Qatar, Arábia Saudita, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Iêmen e também a Cisjordânia e Faixa de Gaza. Os países do Sul da Ásia Central incluem o Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Quirguistão, Cazaquistão, Maldivas, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão. Quase todos esses países estão entre os 50 mais perseguidores da lista de Portas Abertas, excetuando-se Israel, Líbano, Nepal e Cazaquistão. O enviado especial seria nomeado pelo presidente e apresentar um relatório ao Presidente e ao Secretário de Estado.
"A organização Portas Abertas EUA apoia este projeto de lei criando o cargo de enviado especial, porque se refere a países em que algumas das piores perseguições contra os cristãos acontece", diz o diretor jurídico da entidade, Lindsay Vessey. "Esse esforço para chamar mais a atenção do mundo para a falta de liberdade religiosa, e para dar poderes ao enviado especial para tomar medidas para melhorar a situação das minorias perseguidas, é uma iniciativa muito necessária e oportuna do deputado Wolf. Aplaudo a sua liderança, incansável na promoção da liberdade religiosa internacional. Nossa expectativa é que, se esta lei for aprovada, o enviado especial vai dar ainda mais relevância à pauta da liberdade religiosa no estabelecimento da política externa norte-americanca. O resultado final deste projeto tem o potencial de beneficiar significativamente os cristãos que sofrem em todo o mundo".


Fonte: Agência Soma
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