quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jardins de Nossa Alma

Eis que o semeador saiu a semear.
(Mas era primavera apenas dentro de si...)
Saiu plantando amores:
- Que rosas iriam brotar!
Mas nada nasceu ali:
Foram colhidos apenas rancores...
- Será que não soube amar?!

Ele sente que essas flores,
Mesmo sofrendo dores,
Necessitam desabrochar!

Na escuridão a beleza não cresce.
(Mas é preciso que nasça um jardim!)
E Deus é a luz do amor
Quando a Ele se achega uma prece
Que os motivos desconhece,
Mas é cheia de calor!

Se o poeta não merece,
O jardim assim fenece,
Pois Deus lhe toma o vigor.

Mas se a flor ele merece,
O Pai do Seu trono desce,
Atendendo ao seu clamor!


Autor: Fábio Paradela
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