quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Salmos 39

Eu disse: Vigiarei a minha conduta
e não pecarei em palavras;
porei mordaça em minha boca
enquanto os ímpios estiverem na minha presença.
Enquanto me calei resignado,
e me contive inutilmente,
minha angústia aumentou.
Meu coração ardia-me no peito e,
enquanto eu meditava, o fogo aumentava;
então comecei a dizer:
Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida
e o número dos meus dias,
para que eu saiba quão frágil sou.
Deste aos meus dias o comprimento de um palmo;
a duração da minha vida é nada diante de ti.
De fato, o homem não passa de um sopro.
Sim, cada um vai e volta como a sombra.
Em vão se agita, amontoando riqueza
sem saber quem ficará com ela.
Mas agora, Senhor, que hei de esperar?
Minha esperança está em ti.
Livra-me de todas as minhas transgressões;
não faças de mim um motivo de zombaria dos tolos.
Estou calado! Não posso abrir a boca,
pois tu mesmo fizeste isso.
Afasta de mim o teu açoite;
fui vencido pelo golpe da tua mão.
Tu repreendes e disciplinas o homem
por causa do seu pecado;
como traça destróis o que ele mais valoriza;
de fato, o homem não passa de um sopro.
Ouve a minha oração, Senhor;
escuta o meu grito de socorro;
não sejas indiferente ao meu lamento.
Pois sou para ti um estrangeiro,
como foram todos os meus antepassados.
Desvia de mim os teus olhos,
para que eu volte a ter alegria,
antes que eu me vá e deixe de existir.


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