quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Evangelho, algo de bom aconteceu com pessoas ruins

A gente nunca entende quando coisas boas acontecem para pessoas ruins. Temos o nosso próprio sentido de justiça. Achamos que as pessoas que veem com um "bom" estampado na testa não devem receber algo ruim da vida. E também não gostamos quando coisas boas acontecem para pessoas “ruins”. No fundo sempre queremos “o mal” para os ruins e o “bom” para os bons.

Tem uma frase de C. S. Lewis que diz: “Meu argumento contra Deus era que o universo parecia tão cruel e injusto. Mas como é que eu tenho essa ideia de justo e injusto?”

Isso me fez lembrar a história do Filho Pródigo (Lucas 15: 11-32). O filho mais novo exige a sua parte da herança e vai para uma terra distante, desperdiça todo o seu dinheiro em uma vida “desregrada”, essa deve ser a palavra bíblica para “muito vinho, muitas mulheres e muita música ruim.” Ele perdeu toda a sua herança e acabou em um chiqueiro de porcos. A Bíblia diz que quando ele voltou a si (ou seja, quando ele acordou para as coisas que estava fazendo), decidiu ir para casa e pedir perdão para seu pai e uma oportunidade, pelo menos um trabalho como um homem comum, contratado na propriedade de seu pai para que pudesse ao menos ter o que comer. Mas seu pai o perdoou completamente! Ele estava tão feliz por ter o filho de volta, mandou seus funcionários matarem um vitelo gordo e jogou o filho rebelde uma festa repleta de alegria.

Parecia tudo perfeito, mas seu irmão ficou com raiva porque ele tinha sido leal, nunca havia saído de casa, obedeceu seu pai ajudando todos os dias no trabalho duro do campo. “Você nunca fez uma festa para mim”, comentou com o pai. Ele estava chateado porque, na sua mente, havia testemunhado algo bom acontecer para alguém ruim.

Muitas pessoas não gostam do Evangelho por isso. O Evangelho não parece justo, pessoas ruins recebem algo bom, uma oportunidade de mudarem de vida. Queremos que Deus acabe com as pessoas más. Mas se Ele fizer teríamos que ser os primeiros da lista. A verdade é que todos nós temos sido destinatários do amor e do perdão do Pai. Enquanto éramos ainda pecadores, Jesus deu Sua vida por nós (Romanos 5:8).

Eu não sei por que não gostamos que coisas boas aconteçam para pessoas más. Talvez seja porque achamos que somos bons demais ou porque achamos que temos mais direito à felicidade do que os outros. Seja qual for a razão, devemos agradecer a Deus que permite beneficiar a alegria do Evangelho para todos, inclusive para nós, que não somos tão bons assim.

Seja abençoado, mesmo não merecendo.



Fonte: Sóli Limberger em Buscai o Reino
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