quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Foge dos desejos da mocidade

"Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor." (2 Timóteo 2:22) 

Quando se tratava de lutar pelo Evangelho, a postura de Paulo sempre foi a da coragem e do enfrentamento. Daí a surpresa do seu conselho ao jovem Timóteo: “Foge, também dos desejos da mocidade” (II Timóteo 2:22).

Na história da religião, os desejos eróticos tiveram tratamento dos mais opostos. Houve, por exemplo, a postura dos que viam no corpo a origem do pecado: como consequência, o corpo deveria ser totalmente ignorado, para que as atenções ficassem apenas sobre o espírito. Outras ênfases evoluíram, outras se repetiam e chegamos a uma postura contemporânea, mesmo em igrejas ditas evangélicas, na qual os “desejos da mocidade” passaram a ser abertamente contemplados...

Paulo, na sua erudição de estudioso, conhecia bem o problema, desde o estoicismo até o hedonismo. Entretanto, sua inesperada proposta aos jovens foi: “foge”. “fugir de” é o equivalente do oposto “aproximar-se de”. Talvez palavras mais brandas soassem mais elegantes, como “evite” ou “ignore”. “Fugir”, todavia, é a maneira que Paulo usou para enfatizar cruamente uma realidade: os jovens, pelo fato de ser jovens, não estão em condições de administrar adequadamente seus vulcânicos desejos. Tudo muda de aspecto se, ao fugir dos desejos, correrem na direção do Cristo. É uma questão de perspectiva.



Fonte:  Pr. Olavo Feijó em Amor em Cristo
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